10 estratégias para Deixar a Sua Marca no Cliente
Como transformar um produto em objeto de desejo? Esta é a pergunta que a maioria das empresas faz quando está diante de um grande desafio: atrair o cliente para a sua marca. Ainda mais hoje em dia em que os consumidores são cercados de muitas informações, tornando-se cada vez mais exigentes.
A resposta não é simples nem é fácil de se implementar, e o caminho é um longo processo que requer muito estudo e pesquisa para a adoção de estratégias. Uma delas é criar um
valor para a marca. A marca tem a capacidade de seduzir o consumidor e transformar-se muitas vezes em objeto de desejo e culto.
Inspirada na minha pós-graduação de Negócios da Moda, resolvi fazer um post com dicas de como conquistar o consumidor através de algumas ações estratégicas. E começo destacando dois cases de sucesso que nasceram de um sonho e conseguiram se manter no mercado, atravessando todas as adversidades de um mundo moderno e globalizado.
Moleskine: uma história de sucesso/ foto: google images
Criada pelos italianos Mario Baruzzi, de 69 anos, e Francesco Franceschi, de 68, a Moleskine – conhecida pelas famosas cadernetas de capa preta e folhas amareladas – supera o desafio de se manter atual e reconhecida no mercado, numa época em que aparelhos eletrônicos, como smartphones e tablets, são objetos de desejo usados para anotações e armazenamento de informações do dia a dia.
A origem do nome está ligada ao tipo de capa que era usada para fazer as cadernetas, de couro de toupeira (em inglês, mole skin). Hoje, as capas dos Moleskines são feitas de um material sintético e impermeável, que imita o mesmo couro dos ancestrais.
O segredo do sucesso da empresa está no conceito de “storytelling” da marca, ou seja, eles viram no Moleskine um potencial para explorar histórias reais vindas do passado e acreditaram na ideia.
O que artistas (como Leonardo da Vinci, Van Gogh, Pablo Picasso) e intelectuais (como Ernest Hemingway), tinham em comum? Todos carregavam um pequeno caderno de notas para registras suas idéias, fazer desenhos, rascunhos etc. A caderneta virou moda ainda no final do século XIX, chegou ao auge na metade do século passado, na charmosa Paris, e desapareceu em 1986, no interior da França.
Os italianos a reinventaram e fizeram um bom trabalho de marketing, conseguindo seduzir consumidores de diversas áreas, como escritores, jornalistas, artistas plásticos, arquitetos, músicos, designers e engenheiros. A ideia era trazer de volta um instrumento básico de trabalho que se perdeu no tempo com o avanço da tecnologia. Agregando o conceito de storytelling ao produto - contando uma história verídica ou não - a marca ganhou charme com diversos temas, motivos e cores, criados para a satisfação de todos.
Outra estratégia adotada pela empresa para propagar o produto foi investir em sites e blogs, aproveitando o sucesso que as cadernetas faziam com os consumidores, admiradores e famosos que já usavam e falavam do seu produto em suas redes sociais. Além disso, os italianos decidiram vendê-lo em lojas mais sofisticadas do que as grandes papelarias, para manter a aura em torno do produto. Deu certo, e hoje os consumidores pagam até 17 dólares por alguns modelos de Moleskine.
Há oito anos, os fundadores venderam 75% do negócio ao fundo de investimento francês Syntegra Capital e, desde então, os novos sócios passaram a lançar edições comemorativas, guias de cidades como Nova York e Tóquio, além de modelos encomendados por clientes corporativos, como Cadillac e Apple. Para cortar os custos, uma parte da produção foi transferida para a China, permanecendo a montagem e o design na Europa.
Um dos principais desafios da Moleskine para o futuro é: renovar a marca sem renegar a tradição.
Fonte:
Branco: o eterno clássico (fonte: FFW)
A história de sucesso da estilista Anne Fontaine – nascida no Brasil e radicada na França – é resultado de muito amor e persistência, que foi contada por ela em entrevista ao site da FFW.
Trabalhando inicialmente como bióloga, passou uma temporada estudando os índios da Amazônia e terminou seus estudos na França, fazendo viagens de pesquisa sobre a vida marinha pelo mediterrâneo. Nesse período, conheceu seu marido Ari Zlotkin, cuja família era do ramo da moda industrial.
Sua primeira contribuição como estilista foi a criação de uma linha de camisas femininas inspiradas no conceito inicial da empresa, que produzia camisas masculinas, mas estava em declínio, devido as marcas do gênero estarem produzindo no exterior. Com a ideia de “salvar” a costura francesa, ela se inspirou no acervo de golas diferenciadas, achadas no sótão da sogra, e adaptou os modelos ao consumidor feminino. “A ideia está aqui, a gente precisa fazer a mesma coisa para mulheres”, disse a estilista em entrevista ao FFW Fashion Forward.
Sua primeira contribuição como estilista foi a criação de uma linha de camisas femininas inspiradas no conceito inicial da empresa, que produzia camisas masculinas, mas estava em declínio, devido as marcas do gênero estarem produzindo no exterior. Com a ideia de “salvar” a costura francesa, ela se inspirou no acervo de golas diferenciadas, achadas no sótão da sogra, e adaptou os modelos ao consumidor feminino. “A ideia está aqui, a gente precisa fazer a mesma coisa para mulheres”, disse a estilista em entrevista ao FFW Fashion Forward.
Nasceu, assim, a primeira coleção de camisas brancas para mulheres e o resultado foi satisfatório. Pouco tempo depois, abriu sua primeira loja na Rive Gauche, em Paris, que era bem pequena, de 22 m², só de camisas brancas, assinada com seu nome. No mesmo ano, fez parceria com japoneses e abriu uma loja em Tóquio. Todos adoraram o conceito: fazer camisas brancas, de fabricação genuinamente francesa, com detalhes diferenciados em modelagens e golas.
Com o tempo, a estilista foi aumentando sua linha de produtos, introduzindo cores, como as camisas pretas – que não eram expostas nas lojas, mas ficavam nas gavetas – acessórios, bolsas e uma coleção de peças chamadas Les Précieuses (as preciosas), feitas à mão e em pequena quantidade devido o valor ser incompatível com o pret-a-porter.
Hoje, a marca tem 80 lojas, espalhadas nos Estados Unidos, Ásia etc, está abrindo sua primeira loja no Brasil – no shopping na Barra da Tijuca – e tem pretensão de abrir mais duas lojas no Brasil.
Agora que a empresa está mais consolidada, a estilista se engajou na luta pela preservação da natureza, criando há dois anos a Fundação Anne Fontaine, destinada à plantação dasbillion trees (parte da campanha internacional “Plante 1 bilhão de árvores”) e à conservação da natureza. Também é ligada à ONU e já plantou cem mil árvores no ano passado.
Recentemente, fez outra parceria, dessa vez com a gigante C&A Brasil, onde assinará uma coleção voltada para o fast fashion. Muito exigente com a qualidade, ela se diz à vontade com a equipe, que se mostrou capaz de fazer o negócio dela dar certo.
A marca nasceu na França, ganhou novos mercados e está chegando aos poucos ao Brasil, seu país de origem. Ampliou sua linha de produtos e gama de cores, mas não abriu mão do conceito que lhe trouxe até aqui: a clássica camisa branca, que continua sendo sua assinatura e objeto de desejo de seus consumidores.
Fonte:
Diante desses exemplos de sucesso, podemos ter uma ideia de como essas marcas transformaram seus produtos em objetos de desejo.
Independente da sua proposta de valor e segmento de mercado, existe algumas ações que podem ajudar a tornar seu produto desejável. Abaixo, estão 10 que considero as mais importantes.
foto: google images
1 - Primeiramente, transforme sua marca em “objeto de desejo”. Como? Conte uma história por trás (storytelling), dê um significado que encante o consumidor e o faça acreditar nela. Lembre-se: uma boa história é aquela bem contada, que envolve emoção, marca e fica na memória.
2 - Valorize sua marca. Com qual valor você quer sua marca associada? Uma Chanel, Gucci...? Qual o seu ponto forte? O que você faz tão bem? Descubra isso e transforme em valor ou benefício único. É fundamental criar valores para reforçar a identidade da marca.
3 - Identifique o Lifestyle da marca. Que estilo de vida você quer que ela remeta? Tradição, pertencimento a um grupo, liberdade, onipotência, proteção, conforto, modernidade, consciência social, consciência ambiental...?
4 - Faça parcerias estratégicas com bons fornecedores, adquira produtos e/ou serviços de qualidade que possam otimizar o trabalho, reduzir os riscos e incertezas.
3 - Identifique o Lifestyle da marca. Que estilo de vida você quer que ela remeta? Tradição, pertencimento a um grupo, liberdade, onipotência, proteção, conforto, modernidade, consciência social, consciência ambiental...?
4 - Faça parcerias estratégicas com bons fornecedores, adquira produtos e/ou serviços de qualidade que possam otimizar o trabalho, reduzir os riscos e incertezas.
5 - Descubra e revele seu DNA. Revele-se para ser revelado. Como? Fazendo pesquisas sobre comportamento do consumidor, entrevistas, workshops, pesquisa sobre a concorrência, cliente oculto, pesquisa sobre comportamentos on line etc. Isso o levará a um negócio ideal, com redução de riscos e produtos mais adequados ao consumidor. O Sebrae fala mais sobre isso aqui: Entenda o Comportamento dos Consumidores
6 - Elabore um Plano de Negócios, procurando seus diferenciais, como modelo ideal de produto/serviço e criação de canais de contato com cliente (fidelização) e de distribuição.
7 - Entenda os consumidores. Conheça as motivações de consumo dos clientes, analisando tendências mundiais de comportamento, tendências do próprio mercado e da concorrência. Implemente todos os conceitos de forma harmônica, atemporal e consistente, nas particularidades que só sua marca tem, minimizando a concorrência.
8 - Utilize ferramentas digitais (sites, e-commerce). Faça campanhas digitais (desenvolvimento gráfico, mídia social, banner...).
9 - Invista no Pós-venda. Você pode ter o melhor produto e a melhor equipe, mas se a sua relação com seu consumidor terminar na venda, não existe continuidade na construção da sua marca, que é infinita. Além de consumir, o consumidor pode ser porta-voz de uma marca, ajudando a empresa a melhorar o produto ou serviço e levar outros consumidores a fazer o mesmo (boca a boca). Ouça e mantenha uma relação contínua com seu consumidor.
10 - E, finalmente, garanta o melhor serviço. Entregue seu produto de forma eficiente, garantindo a confiança, satisfação e fidelização do consumidor.
7 - Entenda os consumidores. Conheça as motivações de consumo dos clientes, analisando tendências mundiais de comportamento, tendências do próprio mercado e da concorrência. Implemente todos os conceitos de forma harmônica, atemporal e consistente, nas particularidades que só sua marca tem, minimizando a concorrência.
8 - Utilize ferramentas digitais (sites, e-commerce). Faça campanhas digitais (desenvolvimento gráfico, mídia social, banner...).
9 - Invista no Pós-venda. Você pode ter o melhor produto e a melhor equipe, mas se a sua relação com seu consumidor terminar na venda, não existe continuidade na construção da sua marca, que é infinita. Além de consumir, o consumidor pode ser porta-voz de uma marca, ajudando a empresa a melhorar o produto ou serviço e levar outros consumidores a fazer o mesmo (boca a boca). Ouça e mantenha uma relação contínua com seu consumidor.
10 - E, finalmente, garanta o melhor serviço. Entregue seu produto de forma eficiente, garantindo a confiança, satisfação e fidelização do consumidor.





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