CLUBE DAS CORES - Minha primeira experiência empreendedora
Em 2011, iniciei minha primeira tentativa de ter meu próprio negócio. Investi cerca de vinte mil reais e abri uma microempresa no segmento infantil. Na época, os sonhos eram maiores do que a realidade se mostrava. Tinha conhecimento, espaço físico, estrutura, profissionais, mas faltava o essencial: o cliente. Não demorou muito para entender que não só de desejos vive uma empresa. É preciso mais que sonhos. É preciso pesquisa, persistência, coragem e pessoas ao seu lado comprometidas. E por ter começado com uma sociedade onde a outra parte não dominava o ramo, tive dificuldade em fechar vendas. Tinha contatos, representantes, mas não tinha preço. Somando isso a outros problemas, decidi vender meu estoque para um grande magazine, diminuindo o prejuízo, e fechei a empresa cerca de 1 ano depois.
Apesar dos elogios recebidos pela empresa compradora, que considerou meu produto similar ao produto Marisol em termos de qualidade, cores e estampas, percebi que não estava preparada para o ramo de indústria de confecção. Também descobri que confecção não era o que eu queria, mas o que eu fazia. Criar um produto no estilo fast fashion, algo que sempre amei e fiz por muitos anos, parecia ser um sonho pessoal, mas sempre foi a minha ferramenta profissional. Eu estava confundindo as coisas. Isso foi o mais importante! O Clube das Cores não foi um erro ou fracasso, mas um grande aprendizado que trouxe muitas descobertas.
Catálogo Clube das Cores (2011) - Mag Ribeiro
Assim, para registrar minha experiência como empreendedora, estou postando algumas fotos que guardarei com carinho nesta caminhada em busca da realização pessoal e profissional. Foi uma época de sonhos, realizações e tristezas também, pois não foi fácil abrir mão de um sonho.
Lookbook Clube das Cores (2011) - Mag Ribeiro
Depois que fechei o Clube das Cores, decidi voltar ao mercado de trabalho como estilista. O empreendedorismo me mostrou que nem sempre as coisas são como nós imaginamos. Na verdade, tudo faz parte de um grande aprendizado que nos leva a aprimorar nossos conhecimentos em direção à realização dos nossos sonhos. Eu descobri que não queria mais ter uma confecção, mas descobri também que eu não queria deixar de sonhar...
Desfiles das minhas criações durante a faculdade de
Estilismo e Moda UFC (1994 - 1997) - Mag Ribeiro
Isso me fez voltar à época da faculdade, em que gostava de fazer vestidos longos, com tecidos finos e acabamentos com pérolas e pedrarias, me recusando a criar um simples colete ou uma saia para conclusão das disciplinas. Tudo que fazia tinha de ser glamoroso. Por causa disso, cheguei a ouvir várias vezes dos professores que meu estilo era voltado para a alta-costura e que não encontraria mercado no Brasil, mas no exterior. Então, na época, esse sonho murchou. Ficou escondido e eu segui outro caminho. E agora, quase 20 anos depois, ele renasce, mostrando que tudo que aprendemos tem sua finalidade e utilidade. Mas isso é uma outra história para contar...







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